(A matéria e a entrevista abaixo foram feitas por Álvaro Alves de Faria na “CALIBAN, Revista de letras, artes e ideias” – Portugal).
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CARLOS NEJAR, de nascimento: Luís Carlos Verzoni Nejar (Porto Alegre, RS em 11 de janeiro de 1939) é considerado um dos 3 maiores poetas do Rio Grande do Sul junto a Mario Quintana e Heitor Saldanha. Um dos maiores expoentes do modernismo brasileiro e um dos 40 escritores essenciais da América Latina.
Foi indicado ao Nobel de Literatura em 2017. É um poeta mestre das formas clássicas como também deu acabadas provas de seu domínio do verso livre. É também romancista, crítico e tradutor. No mês de agosto de 2020 comemora 60 anos de dedicação à grande arte de Homero.
Carlos Nejar é membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) ocupando a cadeira de número 04 da Casa de Machado de Assis desde novembro de 1988.
Suas prêmios são:
- Prêmio Nacional de Poesia Jorge de Lima, do Instituto Nacional do Livro (1971)
- Prêmio Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores (1974)
- Prêmio Luísa Cláudio de Souza, do PEN Clube do Brasil (1977)
- Prêmio Érico Veríssimo, concedido pela Câmara dos Vereadores de Porto Alegre (1981)
- Troféu Francisco Igreja, da União Brasileira de Escritores do Rio para Amar (1991)
- Prêmio Cassiano Ricardo, do Clube de Poesia de São Paulo (1996)
- Prêmio de poesia da Associação Paulista de Críticos de Arte (1999)
- Prêmio Monteiro Lobato e o da Associação de Críticos Paulistas, na área infanto-juvenil
- Prêmio Jorge de Lima, da União Brasileira de Escritores (2000)
- Prêmio Machado de Assis, da Biblioteca Nacional (2000)
Sua produção literária pode ser acompanhada pelas listas abaixo:
Poesias
- Sélesis – Livraria do Globo, Porto Alegre, 1960.
Livro de Silbion – editora Difusão de Cultura, Porto Alegre, 1963.
- Livro do tempo – editora Champagnat, Porto Alegre, 1965.
- O campeador e o vento – editora Sulina, Porto Alegre, 1966.
- Danações – José Álvaro Editor, Rio de Janeiro, em 1969.
- Ordenações, editora Globo em convênio com o Instituto Nacional do Livro (INL). Prêmio Jorge de Lima, Porto Alegre, 1971.
- Canga (Jesualdo Monte), editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, em 1971.
- Casa dos arreios – editora Globo, em convênio com o INL, Porto Alegre, 1973.
- O poço do calabouço, coleção “Círculo de Poesia “, Livraria Moraes Editores, Lisboa, 1974. Prêmio Fernando Chinaglia, para a melhor obra publicada no ano de 1974, pela União Brasileira de Escritores, Rio.
- O poço do calabouço, editora Salamandra, Rio de Janeiro, 1977.
- De sélesis a danações, editora Quíron, em convênio com o INL, 1975.
- Somos poucos, editora Crítica, Rio de Janeiro, em 1976.
- Árvore do mundo, editora Nova Aguilar e convênio com o INL, 1977, Prêmio Luíza Cláudio de Souza, do Pen Clube do Brasil, como melhor obra publicada naquele ano.
- O chapéu das estações, editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1978;
- Três livros: O poço do calabouço, Árvore do mundo e Chapéu das estações, num só volume – Círculo do Livro, São Paulo, 1979.
- Os viventes, editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1979.
- Um país o coração, editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1980.
- Obra poética (I) – (Sélesis, Livro de Silbion, Livro do Tempo, O Campeador e o Vento, Danações, Ordenações, Canga, Casa dos Arreios, Somos Poucos e o inédito, A Ferocidade das Coisas), editora Nova Fronteira , Rio de Janeiro, 1980. Prêmio Érico Veríssimo, Câmara Municipal de Porto Alegre, 1981.
- Livro de Gazéis, Moraes Editores, “Coleção Canto Universal”, Lisboa, Portugal, 1983; Editora Record, Rio de Janeiro, 1984.
- Os melhores poemas de Carlos Nejar, editora Global, São Paulo, 1984.
- A genealogia da palavra (Antologia Pessoal), editora Iluminuras, São Paulo, 1989.
- Minha voz se chama Carlos (Antologia), Unidade Editorial, Prefeitura Municipal de Porto Alegre, 1994;
- Amar, a mais alta constelação, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1991, Troféu Francisco Igreja, da União Brasileira de Escritores, Rio.
- Meus estimados vivos (com ilustrações de Jorge Solé), Editora Nemar, Vitória, ES, em 1991.
- Elza dos pássaros, ou a ordem dos planetas, editora Nejarim-Paiol da Aurora, Guarapari, ES, 1993.
- Canga (Jesualdo Monte), edição bilíngüe (espanhol e português), tradução ao espanhol de Luis Oviedo, editora Nejarim-Paiol da Aurora, Guarapari, ES, 1993.
- Simón Vento Bolívar, bilíngüe (português e espanhol), tradução ao espanhol de Luis Oviedo, editora Age, Porto Alegre, RS, 1993.
- Arca da Aliança, (personagens bíblicos), editora Nejarim – Paiol da Aurora, Guarapari, ES, 1995.
- Os dias pelos dias (Canga, Árvore do mundo e O Poço do calabouço), Editora Topbooks, Rio de Janeiro, 1997.
- Sonetos do paiol, ao sul da aurora , LP&M Editores, Porto Alegre, RS, 1997.
- Todas as Fontes Estão em Ti. Editora Eclésia, São Paulo, 2000.
- A Espuma do Fogo. Atelier Editorial, São Paulo, 2002.
- Poesia Reunida. 2 vols. – A Idade da Noite e A Idade da Aurora. Atelier Editorial/Fundação Biblioteca Nacional, São Paulo/Rio de Janeiro, 2000.
- A Idade da Eternidade (poesias completas). Lisboa, 2001.
- Arca da Aliança. Editora Pergaminho, Cascais, Portugal, 2004.
- Tratado de Bom Governo. Escrituras, São Paulo, 2004.
- Pequena Enciclopédia da Noite, Editora Quase, Porto, Portugal, 2008.
- POESIA REUNIDA: I. AMIZADE DO MUNDO; II. IDADE DA ETERNIDADE, editora Novo Século, São Paulo, 2009.
- O derradeiro Jó, R&F editora, Goiânia, 2009.
- Os Viventes, 3ª edição( com mais 200 viventes), editora Leya, São Paulo, 2010.
- Odysseus, o Velho. Companhia editorial, Porto Alegre, 2010.
Peuplade / We Are Few / Somos Poucos. Editorial Paiol da Aurora, Rio de Janeiro/Brasília, 2018;
Esconderijo da Nuvem. Class Editora, 2019;
Lelé e Eu. Le Chien Editora, Porto Alegre, 2019;
Os Invisíveis. Editora Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2019.
- Rapsódia
- A idade da aurora (Rapsódia), editora Massao-Ohno, São Paulo, comemorando os 30 anos de poesia do autor, 1990.
- Personae-poemas
- Poemas dramáticos (Fausto, As parcas, Joana das Vozes, Miguel Pampa e Ulisses), editora Record, Rio, 1983.
- Vozes do Brasil (Auto de Romaria), Livraria José Olympio Editores, Rio de Janeiro, 1984.
- O pai das coisas, L&PM Editores, Porto Alegre, RS, 1985.
- Fausto, edição. bilíngüe (português e alemão). Tradução ao alemão de Kurt Sharf, editora Tchê, Porto Alegre, 1987.
- Miguel Pampa, editoras Nemar e Massao-Ohno, Vitória e São Paulo, em 1991.
- Teatro em versos (reunião num volume, com prefácio de Antônio Hohlfeldt), de Miguel Pampa, Fausto, Joana das Vozes, As parcas, Ulisses, Fogo branco (Vozes do Brasil), O pai das coisas e o inédito Auto do juízo final ou Deus não é uma andorinha, edição da Funarte, do Rio de Janeiro, 1998.
- Prosopoemas
- Memórias do porão, livraria José Olympio editora, Rio de Janeiro , 1985.
- Aquém da infância, editora Nejarim – Paiol da Aurora (comemorando os 35 anos de poesia), Guararapi, ES, 1995.
- Infanto-juvenis
- Jericó soletrava o Sol & As coisas pombas, editora Globo, Rio de Janeiro, 1986.
- O menino-rio, 2a edição, editora Mercado Aberto, Porto Alegre, RS, 1985.
- Era um vento muito branco, editora Globo, Rio de Janeiro, 1987. Prêmio Monteiro Lobato, da Associação Brasileira de Crítica Literária, Rio, 1988.
- A formiga metafísica, editora Globo, Rio de Janeiro, 1988.
- Zão, editora Melhoramentos, São Paulo, 1988. Prêmio como o melhor livro infanto-juvenil da Associação Paulista de Críticos de Arte, 1989.
- Grande vento (com ilustrações de Cristiano Chagas), em forma de quadrinhos, Edições Consultor, Rio de Janeiro, 1997.
- Novelas e Romances (transficção)
- Um certo Jaques Netan, Coleção Aché dos “Imortais da Literatura”, S. Paulo, 1991, Editora Record, Rio de Janeiro.
- O túnel perfeito, editora Relume-Dumará e UFES, Rio de Janeiro, 1994.
- Carta aos loucos, editora Record, Rio de Janeiro, 1998.
- Riopampa – O Moinho das Tribulações. São Paulo: Editora Eclésia – Força Editorial, 2000. Ed. não comercial. Rio de Janeiro: Bertrand, 2004. 2.a ed., 2006.
- Ulalume. Rio de Janeiro: Ed. Bluhm, 2001.
- O Selo da Agonia (Livro dos Cavalos). Ed. Razão Cultural, Rio de Janeiro, 2002.
- O Livro do Peregrino. Ed. Objetiva, Rio de Janeiro, 2002. Ed. Portuguesa, Lisboa: Ed. Pergaminho, 2002.
- O Evangelho segundo o Vento. Ed. Escrituras, São Paulo, 2002.
- A Engenhosa Letícia do Pontal. Ed. Objetiva, Rio de Janeiro, 2003.
- O Poço dos Milagres. Bertrand, Rio de Janeiro, 2004.
- Jonas Assombro, Novo Século Editora, Osasco-SP, 2008.
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