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Arquivo da tag: estado ao vento.

Poema semifinalista do “Pena de Ouro” (2023).


.Semi-finalist poem for the “Pena de Ouro” award – 2023 edition. The award covers the entire Portuguese-speaking world.
.Poema semifinalista del premio “Peña de Ouro” – edición 2023. El premio abarca todo el mundo de habla portuguesa.
.Poesia semifinalista per il premio “Pena de Ouro” – edizione 2023. Il premio copre l’intero mondo di lingua portoghese.

Mini-biografia no site do prêmio:
https://www.casabrasileiradelivros.com/post/pena-de-ouro-2023-conhecendo-os-semifinalistas-gustavo-coutinho-goulart-categoria-poema

 
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Publicado por em 23 de março de 2024 em Texto

 

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ENTÃO JUNTOS SOMANDO AS PARTES (“Estado ao Vento” – 2006)

ENTÃO JUNTOS SOMANDO AS PARTES

Então juntos somando as partes
parecem assim tão separados
é a mesma coisa fato
de um homem e uma mulher
juntos de tão separados

As almas ali acolhidas
os corpos tão separados
ela coração ele corpo
que o coração do corpo
não se pode alcançar nunca

Das diferenças unidas
o prazer vital para
continuar nesse não
sentido que enche a vida

Se a vida não for vazio
sem esperanças de preenchimento

 
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Publicado por em 9 de junho de 2014 em Texto

 

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ACERCA DA POESIA (“Estado ao Vento” – 2006)

ACERCA DA POESIA

Não há o que pôr na poesia. Tão estúpida é a poesia…
Fica tudo melhor em prosa, em mídias digitais, fitas,
televisão, cinema, música e pintura. Poesia? Ah! Que
importa a poesia? Não é caso de preconceito… É de
inadequação: o texto poético não serve. Não pra tudo
do jeito que está. Cães sem tempo pra latir, abelhas sem
tempo de mel, árvores sem tempo de sombra, homens
sem tempo de morrer, aves sem tempo de céu. Horário
digital pra acordar, vazio, excesso. A cabeça não
comporta. Como a poesia não comporta.

Lembro até do tempo em que a poesia servia. Havia um
frio mais forte na cidade. Havia um calor mais forte.
Havia uma cidade. Sempre havia. Havia um sonho. Feito
de outro sonho. Que se dividinha em dois: um estático e
o outro rio. Havia meninas de vestidos macios. Havia
meninas nas ruas. Todas de vestidos. Leve algodão-doce
eram os vestidos… Ao tocá-las vestidas como tocá-las
nuas.

Hoje – tudo em mídia prosa – há uma rosa morta na
rua. Há uns olhos tristes presos, “não com remédios mas
com a ausência que a tudo povoa”*. Há homens em
discos. Não há homens com papel.

*Verso de poema de Edimilson de Almeida Pereira.

 
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Publicado por em 21 de maio de 2014 em Texto

 

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Poema do (1°) livro, “Estado ao Vento”

TEORIA

                                               “Ser poeta não é aspiração minha
                                                 É a minha maneira de estar sozinho”
                                                                               Fernando Pessoa

Tinha uma pequena reunião de Fernando Pessoa
que nunca li muito.
Próximo a um vestibular ele me obrigou.
Encontrei mil desculpas e culpas ali para escrever.

E em seu jeito de estar sozinho,
estão alguns outros.
Então não é “estar sozinho”:
é pouco acompanhado talvez.

Decerto que para o sozinho
os corpos próximos são alheios.
Mas, e os muitos meios
de se ser que está no íntimo?

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Publicado por em 13 de novembro de 2013 em Livro

 

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Estado ao Vento

Estado ao Vento

A capa do primeiro livro lançando em 2006. Contemplado pela “Lei de Incentivo à Cultura Murilo Mendes” (Juiz de Fora – MG).
Funalfa Edições.

 
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Publicado por em 9 de novembro de 2013 em Livro

 

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